São Paulo: múltiplos olhares: regionalidade, identidade e cultura

Neste blog estamos dispondo narrativas visuais, textos e fotografias como parte de uma reflexão sobre a regionalidade, identidade e cultura identificadas como uma crônica do cotidiano regional que abrangerá as cidades de São Paulo, Sâo Bernardo do Campo e Santo André na região do grande ABC.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Identidade Cultural

                        
A dança é uma expressão artística que conheci por volta dos meus dois anos de idade. O Balé Clássico foi o meu primeiro contato com a dança até os meus três anos.
            Fui crescendo e conhecendo outros tipos de dança, como o Forró universitário, o Jazz, o Break e a Dança Afro, que em especial, quero compartilhar  dessa experiência riquíssima para a minha vida.
Fiz por um ano esse curso, estava com dezesseis anos de idade. É oferecido pelo SEDESC - Secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania e promovido pela Coordenadoria de Ações para Juventude – Juventude Cidadã. Tinha um caráter prático, focado só para a dança em si, mas mesmo assim me possibilitou conhecer um pouco mais da Cultura Afro, que entre os anos 50 e 60 foi divulgada e difundida pelos negros que migravam do Rio de Janeiro para São Paulo, por causa da industrialização.
Despertou minha curiosidade para conhecer outros cantores brasileiros que também divulgam essa dança, como Daniela Mercury, que tem em suas músicas percussão e coreografias afro.
Achava que as danças afro eram realizadas somente em cultos africanos,   mas descobri que também a capoeira é um tipo de dança africana. Por isso, percebia nas aulas grandes semelhanças de movimento de capoeira, nos passos que a professora ensinava.
Durante as aulas, ela propiciava um espaço harmonioso com músicas para fazer o aquecimento. Depois fazia as danças de roda e em seguida passava uma sequência de passos apresentando a coreografia.
Ufa... Era bem dinâmico e exaustivo. Quanta disposição tinha que se ter para essa aula.  Mas, incrivelmente, a sensação era de leveza no meu corpo, porque os passos e as músicas me contagiavam por inteira.
Chegamos a realizar algumas apresentações na EMEB - Escola de Educação Básica Marcos Rogério da Rosa - que atende o fundamental I, para crianças e EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Hoje, como futura educadora, penso na riqueza cultural que o Brasil recebeu dos escravos e o quanto tenho a ensinar para os alunos, no intuito de poder ampliar os seus conhecimentos, de uma forma enriquecedora e diversificada. Pois a Dança Afro promove discussões sobre a cultura negra, quer seja nas vestimentas, nos instrumentos musicais, nas pinturas feitas no corpo, nos ritmos, etc.

Autora: Desiree Stefanie dos Santos

Arquivo pessoal Desiree Stefanie - Grupo AfroJu